A força do passado
Não... não é chamada oral nem pânico
Nem o firme desespero a fazer seu luto em branco.
Sinto-me num globo magnético
Perante um elevado e disléxico
Destino, de poemas, fabricado
Em prol de sonhos e valentes atos.
Quão aventuradas são as mãos que hoje escrevem!
Pobre desperdício é a visão se não o percebe...
Em passeios, o apego ao passado se enaltece,
Aquisitiva prontidão em forte peito se emudece.
Não... não é chamada oral nem pânico
Nem o firme desespero a fazer seu luto em branco.
Por força de tração, perdido, cá estou
Todavia, um bom desejo, neste corpo, a renascer
Por mais que o vasto globo, de promessas, seja o som,
Por mais que um hemisfério se reduza ao reviver.