Chuá




A cachoeira dá três tombos antes de findar...

De longe, aquelas águas, são coisas belas,

E, juntando com o canto dos pássaros, ruídos silvestres dos pequenos animais,

Submete a alma ao que não se sentirá jamais!(É no silêncio que o amor se desfaz).



Raios de sol despencando e querendo reluzir

Com as coisas iguais aquelas...

Riso inteiriço se formando e renovando a cada dia,

E pedras se amontoando, banhando em risos a rolar...



Caia o pano.

A primeira queda demonstrou a insegurança que há naquelas águas...

Caindo em graduação de médio a fraco, arrastando olhos atrevidos que por ali ficavam.

Despencando por encostas, até parar num lago fundo e macio,

Com areias claras e geladas.



No amor, as lágrimas que choro parecem cachoeira.

Para não dizer o quanto vivo te deixando, provocando as luas de saturno de forma inteira!

Caem graduadas levando o que de nos ainda insiste por lembrar...

Canto triste das matas, rios e de uma cachoeira fazendo chuá.



De Magela/Carmem Teresa Elias

DE MAGELA POESIAS AO ACASO e Carmem Teresa Elias
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 02/04/2012
Código do texto: T3590197
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.