Meu presente de aniversário
Foi o vinho tinto que viu
Nossa troca de olhares na mesa
Promessas não ditas, discretas
Olhares sem fronteiras, descobertos
Não tenho um soneto pra te dar
Trago só a agonia de um dia
O corte da cena seguinte
O desalinho do cabelo molhado
O bater insinuante do coração
O imediatismo de minhas vontades
E a urgência do meu viver
Trago as mãos bem distantes do peito
Pois senão... já sabes o que vem
Nem sempre sou bruta quanto o mármore
Muitas vezes bem cega executo
Senão o perdão vence e
Simplesmente choro...
Seja feliz!