Poema Insône
Rolam as pedras no chão.
Cobrem as flores as ruas
e pés amigos prediletos.
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Numa caixa, vejo cabeças
de homens cegos e mulheres
que vagam desertos.
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No espelho, gotas de sangue
desenham corpos sem alma.
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Meninos engolem o vento,
exibem braços tatuados
com dragões e águias.
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Quem sabe amanhã, depois do café,
biscoitos ingleses serão comprados?
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Guardam meus oolhos
paisagens e lugares
onde adormecem amores.