O FILÓSOFO CALA-SE

O FILÓSOFO CALA-SE

Ainda ontem possuía nobreza

Fruto de pensamentos sem sentidos

De chofre empalideceu, perdeu a fineza

Desmoronou pelos séculos perdidos

Ruiu como puxado pela gravidade

Apagou-se como manuscrito em grafite

Perdeu a aparência de sustentabilidade

O filósofo calou-se com a rinite

Hoje gagueja dissabor lastimoso

Não mais possui luz espiritual

Arrotava imenso saber primoroso

Apodreceu sua doutrina imortal

É um cadáver vivo e trágico

Murchou sua estirpe nojenta

Era idolatrado... quase mágico

Foi-se na batalha sangrenta

(dezembro/2009)

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 07/03/2012
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