Introspecto

Senhor, vem e cura-me

Tirai de mim o curare

Veneno da própria carne

Apodrecendo o cerne

Que seja tão só uma fase

Que eu não perca a base

Que eu aguente a dose

Dessa amarga osmose

Sonda-me no âmago

Tu que és meu amigo

Traz à luz o recôndito

Deste teu reles súdito

Por quais veredas irei

Depois que tanto me irei

Porquanto errando mirei

Diz para mim, ó meu Rei!

Lucas Kind
Enviado por Lucas Kind em 29/02/2012
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