Em qual prisão habita?
Dolorosa é a hora marcada
Pela morte com caneta vermelha
Quando o corpo perde a alma na intenção de telha.
Se encontra preso em uma cela escura,
Sem voz submetida a
Imobilidade na clausura.
Nem os lamentos dos sinos chorosos
É capaz de ouvir em anuncio
Pelas ruas que deixou de existir.
Não sente o carinho da mão pelo rosto
Ou a tristeza que deixa
Ao largar o seu posto.
Na imensa dor que o coração conquista
Me pergunto,me respondo,
Em qual prisão habita?
A alma dorme desmanchada
Nas nuvens, talvez.
O corpo vai à terra empoeirada
Para sustentar a paineira, mais uma vez.