Vida que mata
Entro no rio de pedras, ainda sonolento.
Acabei de acordar para a vida,
essa vida que desconhecemos.
Me ensinaram: primeiro escovar os dentes.
Trouxe de casa a escova e a pasta
Escovo os dentes que ainda vão aprender a comer a vida.
Bochecho com água límpida do belo rio,
enxergo peixinhos nadando na água clara,
Mergulho de cabeça na água fria do rio.
Este rio vai dar numa cachoeira de onde essa água
Despencará no abismo da vida!
Mas antes de conhecer a vida me ensinaram
Que primeiro temos que escovar os dentes.
Temos que comer a vida com os dentes limpos.
Não deveríamos comer para poder viver
É uma vida grosseira, uma vida que mata
A vida é uma grande boca que também nos come
Há algo errado nisso tudo
E ainda tenho que manter meus dentes limpos
Me recuso a comer, me recuso a matar
Prefiro morrer, prefiro me imolar, como a água, no abismo do desconhecido.
Breve interrupção aos poemas de amor modernos, para filosofar um pouco!
Entro no rio de pedras, ainda sonolento.
Acabei de acordar para a vida,
essa vida que desconhecemos.
Me ensinaram: primeiro escovar os dentes.
Trouxe de casa a escova e a pasta
Escovo os dentes que ainda vão aprender a comer a vida.
Bochecho com água límpida do belo rio,
enxergo peixinhos nadando na água clara,
Mergulho de cabeça na água fria do rio.
Este rio vai dar numa cachoeira de onde essa água
Despencará no abismo da vida!
Mas antes de conhecer a vida me ensinaram
Que primeiro temos que escovar os dentes.
Temos que comer a vida com os dentes limpos.
Não deveríamos comer para poder viver
É uma vida grosseira, uma vida que mata
A vida é uma grande boca que também nos come
Há algo errado nisso tudo
E ainda tenho que manter meus dentes limpos
Me recuso a comer, me recuso a matar
Prefiro morrer, prefiro me imolar, como a água, no abismo do desconhecido.
Breve interrupção aos poemas de amor modernos, para filosofar um pouco!