Acompanhe-me, por favor...
Murmúrios ao pé da escada
Um frio estranho subindo de leve
Uma corrente de água é jogada no meio da sala...
Escorrego e caio.
O sangue esguicha do corte
Minha cabeça dói...
Não consigo levantar...
Pessoas riem, uma chora...
Vejo a noite chegar num segundo
E não há estrelas, nem lua
Só neve e solidão!
Quero água!
Peço, mas não falo.
Alguém pegou minha mão
E juntou com a outra sobre meu peito.
Que posição estranha para um ferido...
Pessoas de branco, devem ser anjos...
Um padre? Começo a me preocupar...
Não quero morrer...agora não!
É tarde meu filho...
Soa uma voz gélida ao meu ouvido.
Imagens rápidas sobre meus olhos...
Um beijo quente sobre minha boca...
Levanto-me e saio pela porta.