MAIS UMA HISTÓRIA:
PRÍNCIPE DE LUZ PROTEGENDO-ME DO GRÃ-DUQUE DO HORROR
Eu que me achava segura na fortaleza que erigi
Fui ferida de espia, pela espada do Grão do horror
Do qual me libertará quase meio século desde que fugi...
Cercando-me de alegrias de luz, paz, perdão e amor.
Quase esqueci que fui prisioneira do vilão.
Amordaçada, acorrentada e abusada...
Foi numa noite quente do solstício de verão
Saltei da torre alta, num vôo que me fez alada...
Libertei-me! E de todas as formas me protegi!
Certa de que estava curada e forte...
Afinal, quantas vezes as masmorras desci...
E delas retornei sentindo-me nobre, e livre da morte...
Amadurecida sentia o perdão em meu coração,
Por isso em minhas idas eu sempre fui protegida...
De verdade, há e sempre haverá em mim perdão!
Aprendi com a Grã-Duquesa, tão bela, zelosa e amiga...
Ela me adoçava com a mágica canção de amor que cantava...
Afagos em meus cabelos que perto de Deus me elevavam
Mas dessa vez olhava o vazio, e a língua dos anjos sussurrava...
De mim não lembrava, nem gosto nem desgosto, ela nela lá não estava
Via em mim alguma inimiga, olhava-me atravessada...
Logo eu! Sua amada e ela minha mãe e imenso amor...
Jazia vazia, como uma frágil casca abandonada
Prisioneira, só se lembra do seu algoz amado e executor...
Por nosso amor que sobrevive em mim, às masmorras eu voltei!
Restaram-me lembranças e forças para cuidar-lhe as feridas...
Entre as franjas dos dias longos e tristes me esgueirei...
Dias de perigo, pois o Grã-Duque de rancor se corroí...
Lúgubre me rondava, eu pressentia o perigo...
Não dormia... Alerta, eu conhecia o preceito...
Baratas rondando meu medo antigo...
Do fio do punhal, que já me arrancará o peito!
Que hoje refeito, se protege do inimigo
Que me causa náuseas e me faz tremer só de pensar...
Assim se fez, no terceiro dia lançou-me no abismo sem abrigo...
Trancada sem ter por onde respirar, só fazia chorar...
Portas trancafiadas, cheiro forte da loucura a me rondar...
Fiquei inerte, e quase me perdi em alucinação...
Mas meu menino alegre e feliz, como sempre, veio me salvar!
Pela porta sai, onde o cruel girava os dedos olhando para o chão...
Meu irmão Príncipe de luz disse: esqueça, seja feliz! E me fez sorrir.
Sorrimos com os olhos tristes, deixá-la lá, me deixava impotente...
Eu querendo fugir, e ele me disse: - Fique, por ela, que logo vai partir...
- Vou proteger-lhe! Eu escondida atrás dele ia plangente...
Dia após dia, entrava naquele mundo odioso
Passava o tempo a cuidá-la, amando-a intensamente...
Dias de amor sem espera... Sem trocas, só amor grandioso...
Amor que em mim viverá em minha consciência eternamente...
E ao recordar, sempre que o medo me assalta...
Ele, meu Príncipe menino, olhos tristes e sorriso largo...
Meu irmão que me ensina a cada dia com sua simplicidade:
Que a felicidade é a gente quem faz!
É escolha diária! Tem que se dar com vontade, e dizer não!
Tem que parar, voltar, e ir embora sem olhar para trás!
Levando o sorriso sempre pronto no canto dos lábios.
Te amo Gui! Meu menino, meu irmão amigo tão amado!
PRÍNCIPE DE LUZ PROTEGENDO-ME DO GRÃ-DUQUE DO HORROR
Eu que me achava segura na fortaleza que erigi
Fui ferida de espia, pela espada do Grão do horror
Do qual me libertará quase meio século desde que fugi...
Cercando-me de alegrias de luz, paz, perdão e amor.
Quase esqueci que fui prisioneira do vilão.
Amordaçada, acorrentada e abusada...
Foi numa noite quente do solstício de verão
Saltei da torre alta, num vôo que me fez alada...
Libertei-me! E de todas as formas me protegi!
Certa de que estava curada e forte...
Afinal, quantas vezes as masmorras desci...
E delas retornei sentindo-me nobre, e livre da morte...
Amadurecida sentia o perdão em meu coração,
Por isso em minhas idas eu sempre fui protegida...
De verdade, há e sempre haverá em mim perdão!
Aprendi com a Grã-Duquesa, tão bela, zelosa e amiga...
Ela me adoçava com a mágica canção de amor que cantava...
Afagos em meus cabelos que perto de Deus me elevavam
Mas dessa vez olhava o vazio, e a língua dos anjos sussurrava...
De mim não lembrava, nem gosto nem desgosto, ela nela lá não estava
Via em mim alguma inimiga, olhava-me atravessada...
Logo eu! Sua amada e ela minha mãe e imenso amor...
Jazia vazia, como uma frágil casca abandonada
Prisioneira, só se lembra do seu algoz amado e executor...
Por nosso amor que sobrevive em mim, às masmorras eu voltei!
Restaram-me lembranças e forças para cuidar-lhe as feridas...
Entre as franjas dos dias longos e tristes me esgueirei...
Dias de perigo, pois o Grã-Duque de rancor se corroí...
Lúgubre me rondava, eu pressentia o perigo...
Não dormia... Alerta, eu conhecia o preceito...
Baratas rondando meu medo antigo...
Do fio do punhal, que já me arrancará o peito!
Que hoje refeito, se protege do inimigo
Que me causa náuseas e me faz tremer só de pensar...
Assim se fez, no terceiro dia lançou-me no abismo sem abrigo...
Trancada sem ter por onde respirar, só fazia chorar...
Portas trancafiadas, cheiro forte da loucura a me rondar...
Fiquei inerte, e quase me perdi em alucinação...
Mas meu menino alegre e feliz, como sempre, veio me salvar!
Pela porta sai, onde o cruel girava os dedos olhando para o chão...
Meu irmão Príncipe de luz disse: esqueça, seja feliz! E me fez sorrir.
Sorrimos com os olhos tristes, deixá-la lá, me deixava impotente...
Eu querendo fugir, e ele me disse: - Fique, por ela, que logo vai partir...
- Vou proteger-lhe! Eu escondida atrás dele ia plangente...
Dia após dia, entrava naquele mundo odioso
Passava o tempo a cuidá-la, amando-a intensamente...
Dias de amor sem espera... Sem trocas, só amor grandioso...
Amor que em mim viverá em minha consciência eternamente...
E ao recordar, sempre que o medo me assalta...
Ele, meu Príncipe menino, olhos tristes e sorriso largo...
Meu irmão que me ensina a cada dia com sua simplicidade:
Que a felicidade é a gente quem faz!
É escolha diária! Tem que se dar com vontade, e dizer não!
Tem que parar, voltar, e ir embora sem olhar para trás!
Levando o sorriso sempre pronto no canto dos lábios.
Te amo Gui! Meu menino, meu irmão amigo tão amado!