VELEIROS DA INCONSTÂNCIA
Juliana Valis



Dias vão como frias noites
Dias são como veleiros vãos
Desafiando a lua com seus açoites
Enaltecendo a rua no calor dos chãos



Dias são frações de nós
Dias vão em velozes versos
Como veleiros de universos sós
Como celeiros de amor, dispersos



Dias, dias de tempestades frias
Perdidas sempre na inconstância da alma humana,
Oscilando no tempo, tal como tu abrias
O coração a quem sempre e mais te ama.




Dias, dias de tempestades frias
Imiscuídas sempre no ápice dos sentimentos
Ironizando o tempo, tal como rias
Do pranto contido nos soturnos ventos.


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