Sangue

A temperatura parecia subir

E à medida que o cheiro doce exalava

Mais sentia o calor percorrer meu corpo

Um líquido quente escorria.

Era vermelho, vivo, fogo!

Uma mistura de hemácias doidas

que procuram a saída,

e não sossegam, pulam, gritam...

Olho para cima e vejo apenas escuridão

Tudo parece alheio

Nada me toca mais do que meu sangue...

Minha vida se esvaindo...

Gota por gota...

Sinto agora um frio doente tomando conta

E o líquido sossegado se extingue

Pede um coágulo, mas o destino se completa!

O mar vermelho abre passagem,

estou andando através dessas ondas de sangue

O tempo é curto, o caminho é longo...

Não! Ele se fecha, me engolindo com suas línguas!

O calor é infernal!

Ao menos posso me contentar com sangue

em abundância...

Alimento para a vida eterna de tormentos!

Quimera
Enviado por Quimera em 16/02/2012
Código do texto: T3503332
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