DESANDANDO
A madrugada empalidece.
Ganho a avenida.
Imensos insetos azuis, famintos,
de olhos amarelos esbugalhados, acesos,
correm pra lá, pra cá,
engolindo rebotalhos humanos
que surgem das brechas marginais.
O vigilante montado num cavalo magro de ferro,
me vence no passo
respirando por um apito.