DESANDANDO

A madrugada empalidece.

Ganho a avenida.

Imensos insetos azuis, famintos,

de olhos amarelos esbugalhados, acesos,

correm pra lá, pra cá,

engolindo rebotalhos humanos

que surgem das brechas marginais.

O vigilante montado num cavalo magro de ferro,

me vence no passo

respirando por um apito.

Sagüi
Enviado por Sagüi em 14/02/2012
Código do texto: T3498151
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