Anel atroz

Anel atroz

Puxo para ela um assento, eu sutilmente reparto

com ela até minhas natas.

O que jazemos improvisando nem nós mesmos

conhecemos os ratos e as ratas.

É um néctar e muito moça, ela não é desta centúria

e está atônica.

Já estamos desamparados, a morteira!!! Encalça, ela

jamais abdica.

Cada quadra, mais isso nos assombra, como quem saiu

do cárcere, compreendemos um pouco o outro.

Alguma coisa terrível, estamos num anel infernal, talvez

isto não sejamos nós seres ou pobres brotos.

No crepúsculo aguardo o teu advento, a vida me semelha

pendente por um fio.

Que importância tem o viço, fama, alvedrio, quando

enfim aparece trio.

A esperada e querida trazendo nas poses o seu cruel final,

que venha, solevanta a sua escuridão.

Ela contempla-me firmemente, foi ela ficou diante de minha

mãe no leito e foi ela que levou meu primo entorpecido pro

inferno.

Não quis flores e se esvaiu na imensidão e disse que volta no

inverno.

http://poetadefranca.blogspot.com/

O NOVO POETA. (W.Marques).