Em dias nublados e em sonhos turvados
Versos que atravessam a auto-estrada dos sonhos
Práticas de guerra e zumbidos das pragas
Na luz dos ponteiros que jamais se apagará
O cheiro das rosas nas catedrais ainda me anseia o vômito
Livro não é paixão, livro é espelho
Cheiro de piscina e chão molhado
Em dias nublados as facas são lâminas que refletem
Em reis que adoram suas princesas em cavalos negros
Você e sem (sua) ordem ainda ti envelhece
Flechas de fogo e sopro dos guardiões
Guerra de luzes. um contra todos, contra altos e baixos
O chumbo que se aproxima dos meus pés
A corrente que se amarra nos meus pulsos furados
O peso da minha mente que não cansa de sufocar-me
Violinos cegos e teclas quebradiças
Órgãos que se vão
Em dias nublados
Em dias metálicos
Um bom dia para aqueles que nada sentem