Protozoário
O protozoário no prato,
faz mais estragos
que minha boca possa falar
e se em minha boca,
nesse estúpido gesto
ultrapassar, serão não um,
mas dois corpos com fome
a se consumir ligeiramente
em mazelas,
O protozoário
anda por dentro em mim,
como ondas de abalo
em furor titânico,
ante meu esforço infame.
Convulsão assistida
pelo meu destemido hóspede
em que a retina não fantasia:
Vejo-o grande, expandido fungiforme
Instável,
entre o garfo abandonado
deseja o abrigo. o pululante
Sorri malévolo e some,
se o engulo, não sei
quantos restam de mim,
quanto a ele, deixa de ser um
para ser muitos,
em outros muitos
em descuido.