Sem futuro

Não consigo viajar saindo do lugar

Acaricio o vento que te beija

Sem nunca sequer ter estado lá

Junto restos pra compor

A canção do encontro maldito

Nunca estamos na mesma estrada

Como é mesmo que eu grito?

Sem lágrimas choro dormindo

Caio no chão em tempo real

Assim teu vulto vai sumindo

Ninguém passa por aqui

Alguém ouve minha voz

Meus soluços se transformam

Nunca fomos nós

Nasci assim predestinada

A nada conseguir junto contigo

Sombra amarga e distante

Sem ti corro perigo

Que estrada é essa em que estou?

Se nem sequer cheguei por lá

Onde estou querendo o mar

Se descalça nas nuvens vou?

Sem destino sigo assim

Esculpindo a covardia

De quem nunca teve asa

Só a voz de uma poesia sem rima

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 30/01/2012
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