Sem futuro
Não consigo viajar saindo do lugar
Acaricio o vento que te beija
Sem nunca sequer ter estado lá
Junto restos pra compor
A canção do encontro maldito
Nunca estamos na mesma estrada
Como é mesmo que eu grito?
Sem lágrimas choro dormindo
Caio no chão em tempo real
Assim teu vulto vai sumindo
Ninguém passa por aqui
Alguém ouve minha voz
Meus soluços se transformam
Nunca fomos nós
Nasci assim predestinada
A nada conseguir junto contigo
Sombra amarga e distante
Sem ti corro perigo
Que estrada é essa em que estou?
Se nem sequer cheguei por lá
Onde estou querendo o mar
Se descalça nas nuvens vou?
Sem destino sigo assim
Esculpindo a covardia
De quem nunca teve asa
Só a voz de uma poesia sem rima