Percepções Sensoriais

Um crepúsculo de incertezas uma vez mais

Domina nossas vidas cansadas

Com harmonia do acaso

Impõe sua influência nefasta,

Sumprimindo nossa vontade

Seu cálice de melancolia

Transbordando sobre cabeças perturbadas

Ante temores mefistofélicos,

Assim sucumbimos ao jugo do fanatismo

Tornando-nos a medíocre escória

Sufocada pela hipocrisia

Na escuridão vejo o homem a planejar

Ele carrega sua máquina sedenta de sangue

Ele anda pelo subterrâneo,

Seus vapores exalam nauseabundo perfume de guerra

Ele é guiado pelo brilho dos olhos da morte

Rubro é o desejo em sua face

Não ouso cruzar seu caminho

Não ouso olhar em seus olhos

A serpente fez morada em sua mente

Destilando veneno nas lágrimas de sua revolta

Nas sombras permanecerei

Não abandonarei minha segurança,

O inconsciente de minha razão

Não, pois não quero acordar

E assistir ao caos subjugar o que ainda resta da ordem

Isaque
Enviado por Isaque em 14/01/2007
Reeditado em 14/01/2007
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