Floresta escura

Triste é o ser que reluta em amar,

munido de armas brancas e de fogo

e trazendo as estrelas fincadas ao peito

porque não tem forças para reverter o velho jogo.

Pisam sobre galhos secos

no interior da floresta escura,

contam seus passos fracos em voz baixa com amargura.

Ao mesmo em que reflete sua imagem nos espelhos prateados

que encontra durante caminho com piso

revestido de folhas secas e arames farpados.

Árvores mortas tombam para um lado e caem,

impedem a saída para aqueles que

seus verdadeiros sentimentos traem.

Explosões noturnas clareiam o interior da mata

seguidos por furiosos deslocamentos dos ventos

que trazem demônios que abrem suas asas em circulares movimentos.

Felicidade seria se todas as estrelas explodissem no peito

e que não fossem se

depositar no vermelho leito.

Por mais que não se deseje admitir,

infelizmente é tarde e todas as árvores envelheceram,

estão mortas e inevitavelmente vão cair.

E as quedas surgem milhares de clareiras,

permitem que os seres diabólicos entrem e

assombrem o interior da floresta

bloqueando a única passagem para salvação que resta.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 25/01/2012
Reeditado em 27/01/2012
Código do texto: T3461063
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