O sentido do mar





Num rio ou em uma fazenda...
Será que poderei encontrá-la...?
O mar ficava dizendo essas coisas,
E, às vezes, parecia zombar.

Fui às pedras...
As mesmas pedras desde o último verão,
E que agora diziam e desenhava corpos
Nas serras e nos contornos da Mata Atlântica.

Pareceria loucura vê-la deitada, espreguiçando...
Esquentando o sol na beira do imenso mar.
Aquela beleza só minha, magnificamente repleta de tudo,
Que até os peixes postando-se paravam para imaginar.

Baleias desfilando lentamente próximos as areias...
Golfinhos apressados encantadores de pessoas...
Tubarões feiosos sentados em quiosques à espera de qualquer petisco...
Lulas exibidas e raias majestosamente deitadas para pegar uma cor!

E os cardumes então?!
Salientes sardinhas...
As velhas tartarugas contadoras de prosas...
Camarões fofoqueiros nos seu desfile aflito.

Um albatroz negro voava tranqüilo e me fez retornar...
Ao ver a praia tranqüila é que se consegue captar o sentido de mar:
Da brisa que só vem à tarde, trazendo a sensação de céu e molhando os pés na água, flutuar no vai-e-vem de ondas e sonhar.


De Magela e Carmem Teresa Elias.
(Caraguatatuba 01/2012, Mar, Mara e Netinho)
DE MAGELA POESIAS AO ACASO e Carmem Teresa Elias
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 17/01/2012
Código do texto: T3446231
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