Padeiro da alma do poço

E o pão virou alma

a água do poço, revoltas,

a fome não se importa mais.

o caminho se espanta,

tolice ligeira,

com venda nos olhos,

sozinho.

estranho moinho,

de carcaça e sangue,

me suga pra dentro

do ventre.

regurgita pequena

em pedaços de ódio,

macio e sereno

guloso.

Tolice é a fome

que me venda sozinho

no macio do ventre

e na água do poço.

O caminho me suga,

estranha carcaça,

no leito do ódio,

sereno.