Renascer da Esperança
Cálida aurora despertou a natureza
Nuvens esparsas percorriam pelo céu
Na inércia incolor e doentia da realeza
E deixava o horizonte em plena apatia.
Por que o sol não despertara ainda
Por que uma força estranha o impelia
A esconder-se entre muralhas invisíveis
Da abóbada celeste distante e fria?
A frigidez de um dia que nascia
Deixava o céu da alma mais vazio
Do sentimento que outrora nutria
O corpo esquálido cuja luz exauriu
Mas o milagre da vida acontece
E banha de luz a silhueta que anda
Nas ondas incertas e, com seu calor aquece
O espírito que revigora e que comanda.
As flores desabrocham em profusão
E as borboletas irisadas sobrevoam
Sobre o jardim que renasce no coração
Dos seres que um canto d’esperança entoam.