Tar
Tar
(Renan Gonçalves Flores)
A Tar, a Tar...
Estamos indo a Tar...
Vamos jogar!
Ontem selvagem, anteontem altruísta
Hoje quero ser um famoso pianista
Se eu cortasse o seu braço o que faria?
Um famoso pintor eu seria
Se o outro braço eu também cortasse?
Seria um bailarino de primeira classe
Se suas pernas então parassem de andar?
Dedicaria o resto de minha vida a cantar
Se eu rasgasse sua garganta em intenso furor?
Depois de morto minha pele seria um lindo tambor
Se o tambor por acaso se perdesse nas chamas?
Me tornaria vapor, uma grande nuvem branca
E se a nuvem se dissipar e chover?
Ficaria feliz em ver a grama crescer
Se a grama fosse por um bode comida?
Me tornaria o leite que amamenta suas crias
Se as crias fossem todas para o abatedouro?
Seria a carne do homem, e homem seria de novo
A Tar, a Tar...
É impossível chegar...