BORRASCA

Esborracha na vidraça;

Gotas de chuva e as minhas.

Tornando a vista baça;

Como o suco das vinhas...

O meu sexto sentido traça;

Do mais puro amor... Linhas...

E o coração se embaraça;

Perdido nas minhas rinhas...

Não de galos mas como garças;

Que em meu onirismo sem chão...

Suavemente de leve se esgarça;

Nos ninhos de cada estação...

E como que em estado de graça;

Voam sonhos na contramão...

Antes que a alma se desfaça;

Em largas poças de ilusão...

Joyce Sameitat

São Paulo, 05 de Janeiro de 2012

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 06/01/2012
Reeditado em 06/01/2012
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