CORES CARNAIS
Como se fosse um cego
Ante o primeiro contato com a luz
E a clarividência em tuas revelações
Foi como suprir o tempo
Em um deleite sensorial e denso
De um almagamado incontrovertível
Em nossa sinergia concupiscente
Tornando o obsceno em caroável
Numa complementaridade inarredável
Como se fosse uma autotipia
Sem iludir mas apenas elusivo
Centrado nos tempos que advir
Nas auroras boreais de teu Norte
Em um êxtase de cores psicodélicas
E a transmutação dessas cores
De todas as cores de teu prisma multicor
Onde pinto meu espaço em teu universo
Usando teu elixir como tela plasmática
Com tons enigmaticamente surrealistas
Em imagens pinceladas intrepidamente
Com as tintas de tua existência
Pois a luz que chega a meus olhos
É emitida pelo teu impetuoso olhar