Olhando as pedras
Olhando as pedras do meu caminho
Sequer eu sei, como contornar
Encostas íngremes, ermos e espinhos
Devo seguir, não posso parar.
Se vou transpô-las, não avalio
Sei que parada é de lascar
Sem vislumbrar, de pronto, um desvio
Nada me alenta, sigo a sonhar.
Não eu não sei, onde vai dar
Meu ir avante, obstinado
Ingênuo, incauto, desesperado.
Mas se eu desisto, fim do penar
Sobra-me apenas, tudo truncado
Entre essas pedras, sou encerrado.