FORA DE ÓRBITA
FORA DE ÓRBITA
Tempo quente, calor infernal,
O suor banha meu corpo – cinqüenta graus?
Eu trancando eu meu quarto – a música:
Scorpions, o som invada todos os corpos,
A temperatura aumenta – vai para uns setenta?
Just in the Wind, Love of my life, you and I,
Essas almas canoras fizeram do rock poesia,
Ouço suas canções toda hora todo dia,...
Inspiram-me a escrever minha poesia!
Quero alçar vôo, sair de órbita,
Preciso abrir canal de comunicação com o Universo,
Sinto ainda meus pés chumbados ao chão,...
Que fiquem então, revirarei esta veste ao avesso,
Livrar-me-ei deste peso de carne e osso,...
Meus pensamentos sou eu – Espírito –sou livre,
Mais que o vento, escravo da meteorologia,...
Eu, faça chuva, faça sol – se cá estou agora,
Lá, onde eu desejar estar, estarei – na hora!
Sou um ambulante de lugares distantes,
Viajo com velocidades impressionantes,...
Às vezes, viajo lado a lada com raios de luz
Ou me canso da luz, me despeço – adeus luz!
Sei que “o Universo conspira a nosso favor.”
Mas, queimou em mim alguma peça do receptor
De mensagens universais! Minha antena,
Das mais potentes, a mais potente – que pena,
Precisa de reparos urgentes já não recebo sinais
Nem de uns metros à frente – prejuízos abissais!