FORA DE ÓRBITA

FORA DE ÓRBITA

Tempo quente, calor infernal,

O suor banha meu corpo – cinqüenta graus?

Eu trancando eu meu quarto – a música:

Scorpions, o som invada todos os corpos,

A temperatura aumenta – vai para uns setenta?

Just in the Wind, Love of my life, you and I,

Essas almas canoras fizeram do rock poesia,

Ouço suas canções toda hora todo dia,...

Inspiram-me a escrever minha poesia!

Quero alçar vôo, sair de órbita,

Preciso abrir canal de comunicação com o Universo,

Sinto ainda meus pés chumbados ao chão,...

Que fiquem então, revirarei esta veste ao avesso,

Livrar-me-ei deste peso de carne e osso,...

Meus pensamentos sou eu – Espírito –sou livre,

Mais que o vento, escravo da meteorologia,...

Eu, faça chuva, faça sol – se cá estou agora,

Lá, onde eu desejar estar, estarei – na hora!

Sou um ambulante de lugares distantes,

Viajo com velocidades impressionantes,...

Às vezes, viajo lado a lada com raios de luz

Ou me canso da luz, me despeço – adeus luz!

Sei que “o Universo conspira a nosso favor.”

Mas, queimou em mim alguma peça do receptor

De mensagens universais! Minha antena,

Das mais potentes, a mais potente – que pena,

Precisa de reparos urgentes já não recebo sinais

Nem de uns metros à frente – prejuízos abissais!

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 27/12/2011
Código do texto: T3408352
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