ALVORADAS DE BOTÓX
A impávida beleza na tez nua
Não amarelece ao sabor do vento
Botóx cultivados em carne crua
Atenua as pregas do tempo.
Por incontáveis janeiros tu clamas
Descortinar floradas de mimo-de-vênus
Despertar feitiços nos lençóis das camas
Entorpecer no suor de braços morenos.
Os dias passarão (os janeiros serão eternos)
A formosura não se curvará no apogeu do dezembro
O perfil arcaico digladiará com os tempos modernos
Haverá vencedores (dos vencidos não me lembro).
A fecunda ciência oferta irretocável perfeição
Descortina inimagináveis e dadivosos horizontes
-Eternidade, mocidade, felicidade, virtuosismo e tesão-
Um porvir de Afrodite copulando sabres flamejantes.