Ninguém sabe, ninguém viu
Foi rápido - até demais;
porém sensato ao segundo toque.
Não havia amor, nem paixão
apenas uma ternura plena
de antigas melodias.
A calmaria transporia o afeto
porém não houveram berros viscerais:
os lobos não uivavam,
apenas gatinhos miavam aloprados,
nada mais.
Ali quedavam-se: translúcidos,
estagnados.
Pareciam-se como ratos
a mordiscar fatias de
queijo prato.
Ninguém sabe; ninguém viu.
O que se passou com eles?
Nada se soube
além daquele silêncio
amedrontado.
DÉCEMBRE, 21