Lá no infinito

Pessoas se encontram,

e outras veem e vão embora

sem nunca terem falado.

Corpos que choram e clamam

por encontros demorados.

Ventos que trazem notícias dos outros

e dramas inesperados.

Nascemos sem memória por nossa culpa,

e será sempre assim,

onde passaremos a vida inteira a procura

da metade oculta.

Os anos passam

e as lembranças não envelhecem,

somente os corpos padecem

do mal que o tempo oferece.

Um rosto na multidão pode ser a solução...

Alguém sabe o que procura?

A música que toca os corações

retrata a vontade do belo carnal,

e aperta o laço do banal.

Lá no infinito deve haver uma razão para tudo,

e isso não saberemos por sermos mudos,

contudo, será melhor seguir e esquecer,

senão, não terá valido a pena viver...