Nos dias impares desta existência
Reconheço minha resistência
Vendo peças sendo assentadas
Não liberto alardadas gargalhadas
Apiedo-me das zombeteiras cenas ensaiadas
De meu patamar não caio
Sorrio de soslaio
Reconheço meu lado sombrio
Quando de tudo um tanto rio
Mas não foi meu riso o que a isto sentenciou
Nesta primavera meu riso de mim apenas aflorou
A sentença veio do mal feito
Do impensado pleito
Do tripudiado com tão maléfico efeito
A lei do retorno a mim alforriou
Meu riso franco libertou
Assisto ,mesmo ignorando o futuro
Vejo em tela a derrocada deste podre muro