Estranho

EXTRATERRESTRE

Em mim, uma coceira nas costas.

É um incômodo, às vezes dói.

São asas que querem brotar,

nascer, eclodir

(como o pinto sai do ovo).

Cansaram de ficar, as asas,

embutidas, contidas

...insatisfação de ser humano

em cada ano que vivi.

Quero ser aquilo que sou.

Livre!

Um ser de outro planeta.

Um que ninguém vê.

/O PLANETA/

Está diluído – invisível –

no imenso Uni.verso.

(não se vê a olho nu)

Quero voar.

Não agüento mais os limites

deste corpo pelado

só coberto de pêlos

(mortal / moral).

Quero viver a plenitude

e não esta humanidade inventada

por verdades mentirosas

(culturais – em currais)

Quero as mentiras da criatividade.

Viver viver viver, enfim

Infinitamente, assim.

L.L. Bcena, 23/08/2000

POEMA 616 – CADERNO: INSTANTES.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 07/12/2011
Código do texto: T3377132
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