Estranho
EXTRATERRESTRE
Em mim, uma coceira nas costas.
É um incômodo, às vezes dói.
São asas que querem brotar,
nascer, eclodir
(como o pinto sai do ovo).
Cansaram de ficar, as asas,
embutidas, contidas
...insatisfação de ser humano
em cada ano que vivi.
Quero ser aquilo que sou.
Livre!
Um ser de outro planeta.
Um que ninguém vê.
/O PLANETA/
Está diluído – invisível –
no imenso Uni.verso.
(não se vê a olho nu)
Quero voar.
Não agüento mais os limites
deste corpo pelado
só coberto de pêlos
(mortal / moral).
Quero viver a plenitude
e não esta humanidade inventada
por verdades mentirosas
(culturais – em currais)
Quero as mentiras da criatividade.
Viver viver viver, enfim
Infinitamente, assim.
L.L. Bcena, 23/08/2000
POEMA 616 – CADERNO: INSTANTES.