Fantasia Mórbida
Pular-se-ia dentro de um vazio.
À medida que se fosse caindo
sentisse
as lambidas do vento;
os beijos da brisa;
e o colo dos anjo
ou outros esotéricos enganos.
Talvez,
assim criar-se-ia asas
e houvesse
libertação desse corpo
impotente que prende.
Não haveria fim...
Seria um buraco oco,
sem nada,
sem um fundo,
sem um mundo...
Ao cair seria um voo.
...um voo de liberdade
...um voo para a liberdade
...um voo com a liberdade
Um voo para o infinito...
...morte idealizada...
...fantasia irrealizada...
...Eternidade Concretizada.
L.L. Bcena, 20/08/2000
POEMA 615 – CADERNO: INSTANTES.