Borboletas sobre a vaga

Vagam meus olhos

Ao descaso dos deuses

Com sede do belo

Borboletas perdidas

Nos campos sem flores.

Luzes não regam

A sonhada a alegria

Sobre as pedras e espinhos

O lamento escoado.

Quem dera um milagre,

Mas ventos tão áridos...

E na noite se despem

Da espera silente.

Nas horas tardias

No berço do nada

A lágrima carpida

Oferece um alento.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 25/11/2011
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