Borboletas sobre a vaga
Vagam meus olhos
Ao descaso dos deuses
Com sede do belo
Borboletas perdidas
Nos campos sem flores.
Luzes não regam
A sonhada a alegria
Sobre as pedras e espinhos
O lamento escoado.
Quem dera um milagre,
Mas ventos tão áridos...
E na noite se despem
Da espera silente.
Nas horas tardias
No berço do nada
A lágrima carpida
Oferece um alento.