Para onde vão os pedaços da Alma?

para onde vão os pedaços tristes

moribundos no adeus da vida?

para o museu das magoas ou no museu da desgraça?

para onde vão os pedaços alienados?

para o museu da escravatura ou no museu das lembranças?

para onde vão as palavras de amor

quando elas morrem na incredulidade?

para o museu das letras ou no museu da poesia?

para onde vão as palavras que nunca deveriam existir

para o museu do esquecimento ou no museu da ignorância?

para onde vão os amores que outrora

as promessas do amanhã pareciam imortais?

para o museu dos realizadores ou no museu do perdão?

para onde vão então as promessas de amor?

para o museu dos sonhos ou no museu do futuro?

para onde vão as almas quando sedentas na solidão?

para o museu das sombras ou dos pesadelos?

para onde vão as almas cansadas pelas lutas da vida?

para o museu dos imortais ou no museu da esperança?

para onde vão então os sonhos desfeitos e deformados

pelas areias movediças tempestuosas que a vida acarreta?

para onde vão os sonhos suicidas pelo contexto?

para o museu dos encurralados ou no museu dos que nunca deveriam sonhar ou mesmo no museu dos impotentes sonhadores?

para onde vão então os pedaços da alma?

para o museu das promessas ou no museu da esperança

para onde vão então os pedaços da alma?

Isartene Esunga
Enviado por Isartene Esunga em 17/11/2011
Código do texto: T3341806
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