ALADA

Andando por um caminho errante

Me vi em um instante precisando jogar fora minhas bagagens

Acumuladas em longas eras de existência

E lançando pelo caminho pedaços de quimeras

Dos sonhos da pantera latente em meu inconsciente

Tirei o peso das tristezas e larguei no chão

Deixei cair ao relento minha solidão cansada

Desnudei-me de mim e andei nua pela estrada

Sem lenço, sem documento, despudorada

Desatei as amarras das sandálias da moral

Que prendiam-me os pés feito raíz

Andei descalça e nua e livre

Absorvendo o som do vento e o cheiro da liberdade

Até que não sentia mais o chão

Alma dourada no corpo de mulher alada

Eu aprendi voar e ser feliz...

Irene Cristina dos Santos costa - Nina Costa, 16/11/2011

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 16/11/2011
Reeditado em 26/09/2020
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