N’outra cidade, por entre paredes;
De envelhecidos prédio Coloniais.
Os muitos ais; de mulheres aluviais
Que com correntes aos tornozelos,
Pranteiam seus cadáveres vestais

Seus corpos mutilados, por mãos
mortas, fundidas em desejos nunca satisfeitos,
Jazem nos becos e nos portais;

Seus encantos que não mais...
Seus caminhos e paradas
Seus trajes abismais
sua nudez em muda palavra

Suas falas partidas,
seus perfis banidos
Seus filhos esquecidos;
A dor entalhada no disfarce
de um sorriso estalido

Seu passado que jaz ao lado
Num verso emoldurado:
O mar visto de longe, e de longe sonhado!
Seu futuro?
Que sei eu?

Que não tenho perduro
Que viajo no tempo
E que logo serei;
As vestes de um outro corpo de augúrio
desejando, desejando, desejando...
 

Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 06/11/2011
Reeditado em 06/11/2011
Código do texto: T3320422
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