Cheia de Nada
Tanto tempo, tudo tenho
Tantas coisas, tudo em vão
São pedaços, são sargaços
São retalhos de um coração
Tantas coisas, tristes tempos
Temporais tempestuosos
Tristes olhos tenebrosos
Tapando-me a visão
Sob a fosca luz de um poste
Sombras sujas de certezas
São tão cheias de impurezas
São tão pobres de nobreza
E o tempo passa insolente
Quebrando as janelas da minha mente
Que na noite fria ardente
Cheia de nada, morre demente