EU, O SILÊNCIO E VOCÊ MADRUGADA

Chega silenciosa, majestosa, fogosa.

Dona de um brilho próprio ou será escuridão sombrosa?

Traz com ela os meus sonhos, dilacera os meus redemoinhos.

Chega calada, envolve-me com teu silêncio

não me promete nada, apenas deixa-me sonhar.

Alimenta meus devaneios,

me deixa sentir tua brisa que embriaga,

me arrebata, me leva ao máximos do meu eu interior.

Eu, o silêncio e você madrugada...

Vez ou outra ouço o canto da coruja

Assim, como eu, companheira tua, madrugada.

Vejo então chegar ao fim a minha inquietude,

a madrugada vai se distanciando,

finda por horas o meu pesar ,

recolho meus redemoinhos.

Preparo-me para o dia que vem surgindo.

Encontro-me contigo logo mais ao findar este dia

e a noite então reinar.

Trazendo com ela a tua escuridão, madrugada.

Marquemos então, nosso próximo encontro.

Eu, o silêncio e você madrugada...

para juntos dilacerarmos as minhas inquietudes,

silenciar as minhas amarguras,

e ficarmos tão somente nós...

Apreciando uma a outra, tendo apenas

o silêncio entre nós.

Jacinta Santos

10/10/2011

Jacinta Santos
Enviado por Jacinta Santos em 12/10/2011
Reeditado em 24/12/2011
Código do texto: T3271454
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