Anjo Dourado
Não via o anjo dourado,
Até que reluziu seu brilho
E ele estava ali...
...com seu banjo observando-me.
...com seus cabelos de ouro espreitando-me.
...com fino véu citrino escondendo sua nudez olhando-me.
De repente,
Seu olhar safira
Encontrou com o meu castanho.
Reagimos.
Ele tocou seu banjo.
(Deu-me uma vontade safada!)
Ele dançou ao sabor do vento
Que queria roubar-lhe seus cabelos em fios preciosos,
Que lhe tirou o seu véu.
Nudez.
O Anjo Dourado nada mais era um reflexo.
Raio de Sol,
Metálico.
Ele sorriu para mim e eu lhe correspondi ao riso.
Éramos nós mesmos:
Anjo, Raio de Sol,
E
Eu, carne putrefata.
L.L. Bcena, 16/04/2000
POEMA 453 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.