Uma longa escuridão
toma conta de mim
e do meu coração...
e meus abraços
se tornam laços
e longa mortalha....
e minha alma
cheia de retalhos
imersas em falhas
de rasa lama..
esconde a sombria
noite do meu silêncio
mergulhados em trevas
e pesadelos...
agora os selos se rompem
e sagrados segredos selam
os vários medos de mim...
e na longa noite
de meus dias contados
toma conta
de meus sonhos passados...
e os caminhos risonhos
se fizeram cobrir
de um silêncio sufocante
que não posso descobrir...
e ao longe, horizontes
debandam em fuga,alucinantes
para o norte sem rumos...
e duas vezes me calo
diante a esfinge
que finge um segredo
impenetrável...
e sinto apenas medo
diante a escuridão galopante
que rompe as muralhas de mim...
e os sinos ressoam
no silêncio das mortalhas
e assim permanecem
tocando sem parar...sem parar...
e assim o tempo me devora
minha breve passagem
enquanto a lua vai embora
numa longa viagem...
e o sol imerso em trevas
não sabe que as estrelas
se apagaram de repente
e adormecem indolentes..
e fizeram de mim
um pássaro solitário
à espera do fim...
então clamo à Deus
mesmo sabendo que ontem
Deus me disse adeus....
enquanto pássaros passam
e uma longa noite se aninha
e toma conta do meu coração
..flores e pergaminhos
jazem sob túmulos caiados
meus sonhos trilham
por vários caminhos...
caminhos não sei onde..
que tanto me esconde
meu grito aflito
que não não me responde...
assim espero...assim desespero
esse fim tão fero
que não quero...
minha alma a um passo
do mundo em descompasso..
e novamente os sinos
e as flores do outono
e a sombra do menino
que invade meu destino...
enquanto lágrimas risonhas
o mantém desperto
e assim permanece
bem esperto...
até que o sol se levante
e as sombras se dissipem
do seu coração
assustado....
e assim, adormece
e sonha sem parar..sem parar
a correr entre orquídeas
úmidas de orvalho..
enquanto lá fora
a noite continua
e a lua semi-nua
traça meu destino...
e o menino ainda sonha
sob um travesseiro sem fronha
com estrelas tão estranhas
que rompe suas estranhas
e desperta seu coração assustado
e devassa seu passado
escrito nas montanhas de Minas
e nas entranhas de mim..
e assim adormece para sempre...
***************************************
E olhei quando ele abriu o sexto selo.
E eis que sobreveio um grande
terremoto:e se tornou negro o sol...
Apoc.6;12
toma conta de mim
e do meu coração...
e meus abraços
se tornam laços
e longa mortalha....
e minha alma
cheia de retalhos
imersas em falhas
de rasa lama..
esconde a sombria
noite do meu silêncio
mergulhados em trevas
e pesadelos...
agora os selos se rompem
e sagrados segredos selam
os vários medos de mim...
e na longa noite
de meus dias contados
toma conta
de meus sonhos passados...
e os caminhos risonhos
se fizeram cobrir
de um silêncio sufocante
que não posso descobrir...
e ao longe, horizontes
debandam em fuga,alucinantes
para o norte sem rumos...
e duas vezes me calo
diante a esfinge
que finge um segredo
impenetrável...
e sinto apenas medo
diante a escuridão galopante
que rompe as muralhas de mim...
e os sinos ressoam
no silêncio das mortalhas
e assim permanecem
tocando sem parar...sem parar...
e assim o tempo me devora
minha breve passagem
enquanto a lua vai embora
numa longa viagem...
e o sol imerso em trevas
não sabe que as estrelas
se apagaram de repente
e adormecem indolentes..
e fizeram de mim
um pássaro solitário
à espera do fim...
então clamo à Deus
mesmo sabendo que ontem
Deus me disse adeus....
enquanto pássaros passam
e uma longa noite se aninha
e toma conta do meu coração
..flores e pergaminhos
jazem sob túmulos caiados
meus sonhos trilham
por vários caminhos...
caminhos não sei onde..
que tanto me esconde
meu grito aflito
que não não me responde...
assim espero...assim desespero
esse fim tão fero
que não quero...
minha alma a um passo
do mundo em descompasso..
e novamente os sinos
e as flores do outono
e a sombra do menino
que invade meu destino...
enquanto lágrimas risonhas
o mantém desperto
e assim permanece
bem esperto...
até que o sol se levante
e as sombras se dissipem
do seu coração
assustado....
e assim, adormece
e sonha sem parar..sem parar
a correr entre orquídeas
úmidas de orvalho..
enquanto lá fora
a noite continua
e a lua semi-nua
traça meu destino...
e o menino ainda sonha
sob um travesseiro sem fronha
com estrelas tão estranhas
que rompe suas estranhas
e desperta seu coração assustado
e devassa seu passado
escrito nas montanhas de Minas
e nas entranhas de mim..
e assim adormece para sempre...
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E olhei quando ele abriu o sexto selo.
E eis que sobreveio um grande
terremoto:e se tornou negro o sol...
Apoc.6;12