MAHAT-TATTVA
O imprevisível é cuspir no chão
E acertar, por acaso, o sapato
De alguém que passa despercebido.
De anônimo a ilustre desconhecido.
O impossível é encontrá-lo de novo,
E acertar o mesmo pé de propósito.
De repente, ver que ele já é outro.
De desconhecido a alguém ligado.
O inacreditável é não reconhecê-lo
E pressentir que também está diferente,
Sem se espelhar em outra pessoa.
De alguém que vê a objeto observado
O incrível é descobrir-se como uma linha
Na grande intersecção do mundo,
E, definitivamente, atingir algo sagrado.
De quem cospe para o alto a escarrado.