É só um  casulo natimorto que balança ao vento
Como tantos outros...sem alento...







E ora ?Come me faccio?
Se entrei apenas  por um momento?...

Mergulhada neste pendular movimento
Presa num eterno tormento


De fora um casulo sempre é bonito...
A vista se apura
O tempo flutua
É uma espécie de momento continuado
Um processo inacabado...

Casulos  parecem sempre feitos de seda
Mas este não sei

A mim parece um embaraço
A olho mais atento me vejo
É o casulo um meu espelho
Um meu reflexo parado
Natimorta  imagem
Mi’a contrária asa seca ao sol sem intenção


E então renasço
E é neste instante a possibilidade

Mas mi'a falsidade reside em asa calçada
Mi'a falsidade é mi'a brevidade

Então retiram-me as estacas
E ao chão me faço
Desta ação penso:
Não passo!

Mas é tão somente cansaço...
 
 
 
 



Adah
Enviado por Adah em 09/10/2011
Reeditado em 09/10/2011
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