NO SILÊNCIO INSONDÁVEL DAS MONTANHAS
Como um silvo de assombro
No silêncio insondável das montanhas
Com o arisco asco das aranhas
Me acariciaste o ombro
Enquanto a chuva descia reta e pesada
Tal uma cortina de aço
A se arrastar na calçada.
Deste-me um abraço,
E a impressão que me dera
O instante qu’em mim se fizera
Era miragem
Que do amor levara a imagem
Ao mar
O mar que ao agitar-se assombra
A cinza e a massa líquida da sombra.
Como um silvo de assombro
No silêncio insondável das montanhas
Com o arisco asco das aranhas
Me acariciaste o ombro
Enquanto a chuva descia reta e pesada
Tal uma cortina de aço
A se arrastar na calçada.
Deste-me um abraço,
E a impressão que me dera
O instante qu’em mim se fizera
Era miragem
Que do amor levara a imagem
Ao mar
O mar que ao agitar-se assombra
A cinza e a massa líquida da sombra.