CAPTURANDO  A  TARDE  
 
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Medos que navegam mares lisos

no peito um calafrio

na rua parada e quieta

da tarde que finda

um grito será um sinal

um rito

o inatingível

o incompreensível

Paisagens que se retraem
 
e nossos sentidos alertas

tudo que é dentro também é fora

nossas folhas secas estalando

e a qualquer momento

um incêndio

e vida afora

somente o silêncio da vigília

o espreitar dos dias

somente...
 

A vida se desenha e se colore

a ferro em brasa

e não fica a jeito de remendar

que os cortes que o tempo dá

são rentes

não fica borda

para alguma costura ou reparo!

Ah, ventania das horas...

enrugando a flor das águas

nervuras de eternidades

apenas presumidas... 



 

tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 03/10/2011
Reeditado em 10/12/2017
Código do texto: T3256160
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