Não sou poema, não!

Não sou poema, não!

Não te iludas

Oh! Poeta

Não é dono

De nenhuma

Palavra, nada!

Apenas o tempo

É teu aliado e amigo

Não tenhas sonhos

Vive apenas na ilusão

Sejas grande, sejas puro

Seja humano, criador

De grandes sonhos

Por muitos sonhados

Ai! Poeta, quanta solidão

Quantos caminhos trilhados

Quanta dor e devassidão

Não tenhas ilusão não!

És réu e juiz dos teus poemas

Não existe concordância

Apenas a impunidade

Descreves as palavras

Coloridas da cor do arco-íris

São algumas alegres e felizes

Outras cheias de dor e tristeza

Tragas o teu manto das estrelas

A lua como tua sonhadora

Tragas o Sol e as montanhas

Seja apenas a leve esperança

Não! Irmão de luz e amor

Não sou teu prisioneiro, não!

Sou prisioneiro dos pobres poemas

Mas poeta eu não sou jamais!

Betimartins
Enviado por Betimartins em 02/10/2011
Código do texto: T3254204
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