Surreal de qualquer jeito
Pastoreando os segundos
Num devaneio sem fim
Nas nuvens, invento mundos
Com céu, tinto de carmim
Sempre me perco de mim
E me acho em fantasia
Noite a cingir o meu rim
Nem vejo o passar do dia.
Poderes todos eu tenho
Tudo posso e num ziim-plim
Mudo a expressão do cenho
PATALÓGICA ou a MIM
E kabum, lá vai magia
Me inspira qualquer tareco
Mas ação de uma fobia
Não surgiu nem um marreco.
Babando feito epilética
Caio sempre na real
Na mesma cena patética
À mercê do bem, do mal.
Tudo igual, lua esquelética
Rebolando no infinito
Longe da linha poética
O meu verso já proscrito.