Surreal de qualquer jeito

Pastoreando os segundos

Num devaneio sem fim

Nas nuvens, invento mundos

Com céu, tinto de carmim

Sempre me perco de mim

E me acho em fantasia

Noite a cingir o meu rim

Nem vejo o passar do dia.

Poderes todos eu tenho

Tudo posso e num ziim-plim

Mudo a expressão do cenho

PATALÓGICA ou a MIM

E kabum, lá vai magia

Me inspira qualquer tareco

Mas ação de uma fobia

Não surgiu nem um marreco.

Babando feito epilética

Caio sempre na real

Na mesma cena patética

À mercê do bem, do mal.

Tudo igual, lua esquelética

Rebolando no infinito

Longe da linha poética

O meu verso já proscrito.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 01/10/2011
Código do texto: T3250952