Januária




O que se tem visto da Elias nestes verões...?
Jurações soberanas a tecer verdades,
Juntando palavras que apontem
Para seu oceano, sem brevidades.

No temor daquela alma imune...
Buscando explicar o sol, sem deixar mais engano,
Do meu verso vive decompondo,
Reagindo diferenças do meio lusitano.

É que seu coração em dezembro revela mais...
Menos desconfia das indagações,
Instala altitude e segue amordaçada
As suas reais inquietações.

(*)Januária comoção das tardes calmas
Em que meus versos não lhe dizem nada,
Soberba, segue ilesa, transcendendo...
E das palavras faz mais que repressões.

De Magela


Contexto:
09/2011 – Brincadeira carinhosa com as palavras, que nos unem tanto.
Ela critica além do óbvio e, eu acusado de ter estereótipos.



Januária – Três alusões são feitas a origem do nome:
A primeira faz alusão à escrava Januária que fugindo do cativeiro, teria se instalado no Porto do Salgado à margem do rio São Francisco;
A segunda faz alusão ao fazendeiro Januario Cardoso da Faz. Itapiracaba /MG;
E por último, a elaboração da melhor cachaça do mundo, chamada de Januária.
DE MAGELA POESIAS AO ACASO e Carme Teresa Elias
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 30/09/2011
Reeditado em 30/09/2011
Código do texto: T3249965
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