Memória dicotômica
A noite toda
O corpo querendo dormir
E os sonhos compulsivos
Fazendo ouvir vozes
Tentando reconhecer cenas
De algo que queira se mostrar
Passada a meia noite
O cérebro exausto
Pedindo descanso
E os sonhos a percorrer
Os labirintos do inconsciente
Ativo, gerando movimentos
Expressivos até nos
Músculos do rosto
O corpo acorda exaurido,
A mente pensativa
Não consegue se lembrar
De nada
A memória como se estivesse
Bloqueada impede saber o que
Os sonhos lhe quiseram dizer
Reação dividida,
Lembrar - Esquecer
Por quê?
Não se recorda absolutamente
Nada, sonhos vãos
E ainda deixam
O gosto pesado no corpo
Nem a memória poética
Que registra o que emociona,
O que encanta pode ativar
O que se viveu ao adormecer
Como simplesmente esquecer
O que se deseja saber?!