Fendas 

Pelas fendas das pedras correm águas;
pelas fendas das rochas passam rios;
pelas fendas das dores sofrem almas;
pelas fendas dos amores veem-se os brios... 

Existem vidas com tristezas e alegrias;
nalgumas, fendas que são cruéis feridas...
São almas em constante melancolia,
vivendo sós, cismando, esquecidas... 

Mas há fendas que permitem a luz do dia
em fortes feixes – incandescentes fachos -,
nutrir as vidas, ensejando as calmarias.
E é por essas fendas que te vejo, que me acho...

 

Imagem: Google – atarde.com.br

AURISMAR MAZINHO MONTEIRO
Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 20/09/2011
Reeditado em 23/08/2021
Código do texto: T3231045
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